quinta-feira, 6 de novembro de 2008



PARA TER UM COLEIRO:
Você deve pocurar um criatório comercial ou um criador amadorista que possa transferir um coleiro para você. No primeiro caso (criatório comercial), basta encontrar um e adquirir a ave, com sua nota fiscal. No segundo caso (criador amadorista), você deve se cadastrar na internet, no site do Sispass (www.ibama.gov.br/sispass), pagar o boleto com a anuidade, procurar alguém que queira transferir um coleiro e receber (via internet) a documentação do pássaro.
__________________________________________________________________________________


PARA REPRODUZIR UM COLEIRO:
Os coleiros se reproduzem de Outubro a Maio. Este é o período da natureza em que as aves se reproduzem. Não coloque um macho com uma fêmea na mesma gaiola. Somente deixe que eles compartilhem o mesmo ambiente durante a gala. Depois, separe os dois. Para que as chances de os dois "se aceitarem" sejam maiores, deixe ambos se escutando por um período (o macho escutando a fêmea e vice-versa). Assim, eles vão ficando preparados e incentivados para quando chegar o momento do cruzamento, da "gala".
__________________________________________________________________________________


PARA FORMAR UM COLEIRO:
Uma técnica de formar um coleiro é colocar um macho "professor" para ele escutar enquanto filhote. Quanto menor a diversidade de espécies que o criador tem, mais fácil fica de o coleiro aprender o canto do "professor". Caso o criador tenha outras espécies há riscos de o coleiro se confundir e misturar seu canto com o de outros pássaros. Nunca deixe o coleiro filhote vendo outros machos; nem o "professor". Ele só deve escutá-lo.
Mas há pessoas que não têm um "professor". Nestes casos, recomeda-se o uso de um CD para ensinar o coleiro. Estes CDs podem ser facilmente encontrados em lojas e sites especializados. O criador deve colocar o CD para o coleiro escutar em um volume moderado (não muito baixo que ele não escute; não muito alto que ele se sinta intimidado pelo CD).
Mesmo alguns mêses depois de aprender o canto do CD é recomendável deixar o CD tocando, pois o coleiro, até certa idade, tem a "cabeça mole", ou seja, pode pegar o canto de outras aves. Só depois de algum tempo é que o CD pode ser abandonado.
_________________________________________________________________________________


PARA ESQUENTAR UM COLEIRO:
Coleiros podem, no decorrar da vida, parar de cantar. Isso pode acontecer quando eles ficam doentes, quando ficam tristes, quando não são manuseados o suficiente, quando voltam da muda, quando estão com medo, quando viram ou ouviram outro macho que os intimidou, etc.
Há várias dicas para fazer um coleiro voltar a cantar, "esquentar" de novo. Você terá de descobrir o que vai fazer o seu "soltar o canto":
- Banhos de Sol.
- Banheiras com água.
- Lugares abertos, com barulho de natureza.
- Ouvir, à distância, um outro coleiro cantar (ou um CD)
- Ver ou escutar uma fêmea.
- Ficar pendurado em lugares interessantes (de forma que ele possa ver movimento).
Tudo isso coopera para o coleirinho cantar normalmente. CUIDADO para não cobrar que seu coleiro cante o ano inteiro. É quase consenso de que os coleiros só cantam de Setembro a Abril. Não force o seu bichinho a cantar entre Maio e Agosto, isso pode prejudicar a saúde dele e até fazer com que ele nem cante nos mêses em que deveria cantar. E nunca se esqueça: DÊ TEMPO AO TEMPO.
_________________________________________________________________________________


PARA TORNEIOS DE COLEIRO:
Em primeiro lugar é necessário destacar que nem todo coleiro é de torneio. Isso deve ficar claro desde o início. Os coleiros de torneio são pássaros de fibra (que não se intimidam com outros machos). Então, o primeiro passo para ter um coleiro de torneio é saber se ele é, de fato, um pássaro de torneio.
Para preparar o coleiro, vamos listar algumas das dicas dadas pelos passarinheiros que freqüentam os torneios Brasil afora. Vale lembrar que as dicas são diferentes porque os pássaros de cada um são diferentes também.
- Há quem prepare o coleiro com uma parelha (ver no canal "Dicionário" o que é parelha). Estes criadores colocam o pássaro escutando um outro coleiro de longe, assim, ele vai se sentir confiante para soltar seu canto e demarcar seu território.
- Há quem não tenha um segundo coleiro para fazer a parelha. Nestes casos, os criadores acabam recorrendo mesmo ao CD. Coloque o CD para fazer a "parelha" com o coleiro, para que ele se acostume a cantar em desafio a um outro.
- Há quem prepare o coleirinho para os torneios com uma fêmea. Deixam o coleiro vendo a fêmea nos períodos anteriores ao torneio para que ele fique bastante agitado, cantando bastante. O risco que se corre é de que o coleiro fique "enfemeado", ou seja, dependente de uma fêmea para cantar (e na roda não tem fêmea para ele se exibir, e sim outros machos desafiando ele!).
- Há criadores que rejeitam o uso de parelha, de CD ou de fêmea para incentivar o coleirinho. Afirmam que coleiro bom canta sozinho e não precisa de recursos para cantar.
- Há quem coloque vários poleiros na gaiola de torneio, para "travar" a gaiola. Assim, o coleiro tem menos espaço para voar e fica mais concentrado em sua cantoria.
- É consenso entre os criadores que coleiros de fibra devem estar sempre sendo mudados de prego, para acostumarem-se a cantar no mais diversos locais. Um coleiro que fica sempre no mesmo prego fica assustado quando chega na roda.

DOENÇAS do coleiro





Doenças do Coleiro

Este é um texto com a maioria das doenças corriqueiras ligadas ao coleiro. Existem outras que não estão relacionadas aqui; mas a maioria dos males que acomete os coleiros podem ser encontrados aqui (inclusive com sugestões de tratamento).

Coleiro Evacuando Fezes Verdes:

Provavelmente um caso de Diarréia. Será necessário diagnosticar, posteriormente, a causa da diarréia. Nestes casos o coleiro encontra-se com as penas arrepiadas, as fezes aquosas e esverdeadas. Ao redor da cloaca as penas ficam sujas e o pássaro apresenta um aspecto ruim, de sujeira. A ave deve ser isolada das demais e sua gaiola e objetos (bebedouros e comedouros) esterilizados. As causas podem ser por ingestão de verduras mal lavadas, de alface (que solta o intestino do pássaro) ou sementes velhas. Este também é o quadro da Coccidiose e de Verminoses.

Coleiro Rouco ou Respirando de Bico Aberto:

Trata-se, provavelmente, de uma doença do trato respiratório. Estes problemas, geralmente, ocorrem quando há quedas de temperatura acompanhadas por correntes de ar. Nunca se deve tirar o pássaro de um local muito quente para um local muito frio sem antes prepará-lo. Deve-se fazer isso bem aos poucos, para que a ave não tenha um choque térmico. Isso pode deixar o coleiro "resfriado". Para tratar deste problema recomenda-se deixar o coleiro dentro de casa, encapado, aquecido por uma lâmpada pequena que fique próxima à gaiola. Caso não haja melhoras, a sugestão é de levar o coleiro a algum profissional habilitado (um veterinário).

Coleiro com Dificuldade de Evacuar ou Não Evacua:

Provavelmente um caso de prisão de ventre. Isso pode vir a acontecer quando o coleiro tem pouco espaço para se exercitar. Para não ter de enfrentar este mal, basta oferecer sempre ao coleiro verduras e uma gaiola com um espaço mínimo de locomoção. Em casos já consolidados, em que o coleiro tem dificuldades para evacuar, recomenda-se uma pequena pitada de sal-de-frutas (o chamado "ENO") na água, trocando a mesma antes de virar o dia.

Coleiro Arrancando as Próprias Penas:

Isto ocorre, provavelmente, por algum desequilíbrio na alimentação da ave. Nestes casos, o coleiro estaria procurando, nas próprias penas, substâncias de origem animal que seu organismo necessita. Sugere-se larvas de tenébrio molitor ou de "praga da granja" (que é um tenébrio de menor porte, mais adequado ao tamanho do coleirinho). Mas este hábito, de arrancar as penas pode, com o tempo, tornar-se um vício para o animal (mesmo ele já estando com sua alimentação equilibrada).

Coleiro Não Faz a Muda:

Pode acontecer de um coleiro nunca completar sua muda (ficar muito tempo sem as penas). Isso pode estar acontecendo pelo fato de o coleiro não ter descanso. Ele é sistematicamente exposto a desafios com outros machos (seja ouvindo ou vendo) e seu organismo não consegue fazer o descanso que ele precisa para fazer uma muda tranqüila. Ele também pode estar sendo excessivamente exposto a uma (ou mais) fêmeas. Nestes casos deve-se encapar o coleiro, deixando somente uma parte da gaiola aberta, e impedir que ele escute outros machos. Assim, ele vai "sossegar" e fazer uma muda saudável. Também é sempre recomendado oferecer uma grande variedade de alimentos (para que não falte nada a ele) e um complexo vitamínico na água (por exemplo: Vitagold, 2 gotas para 50ml, 2 vezes por semana).

Fêmea com Ovo Entalado:

Algumas fêmeas menos experientes podem ser acometidas do chamado "ovo preso". O ovo fica entalado e a fêmea não consegue botar. Este problema é diagnosticado quando a fêmea desmonta seu ninho, ou senta-se sobre as penas do rabo. Uma alternativa de tratamento é pingar uma gota de óleo no canal de saída do ovo. Outra é colocar a fêmea sobre um pouco de vapor. Uma terceira é dar uma gotinha de azeite morno (nunca azeite quente) no biquinho da fêmea, pegá-la com a mão, abrir suas asas e fazer movimentos delicados no seu abdômen, de cima (da garganta) para baixo (à cloaca).

Peito Seco (Coccidiose):

Fica evidente quando o pássaro apresenta diarréia, com as penas eriçadas, fica no canto da gaiola, quietinho, sem se alimentar e seu peito fica proeminente. A coccidiose é contraída quando, de alguma forma, o coleiro ingere as próprias fezes. Isso pode acontecer quando ele agarra verduras com o pé sujo de fezes e depois leva o alimento à boca. Para diminuir as chances de seu coleiro ficar doente é recomendado manter os poleiros sempre limpos. Também recomenda-se tirar as banheiras do coleiro quando ele não está tomando banho (pois ele pode fazer cocô na água e, em seguida, bebê-la). A coccidiose é, em muitos casos, letal, difícil de ser tratada. Para o tratamento desta doença há várias sugestões de medicamentos específicos: Nalyt Plus, Coccinom, Coccidex. Basta procurá-los em lojas especializadas.
Manejo do Coleiro









Manejo do Coleiro:

Já vale a pena começar o texto do manejo destacando que o que serve para um coleiro pode não servir para outro. As aves são diferentes. Estas orientações são extraídas de sites, livros e experiências de criadores e apreciadores da ave.

Sobre as Gaiolas:

A questão das gaiolas é eterna: madeira ou metal? Objetivamente, vamos levantar as considerações sobre este dilema.

Gaiolas de Madeira: São mais parecidas com o que o coleiro iria encontrar na natureza. Ela é mais quentinha no inverno e seus poleiros também são parecidos com os galhos das árvores. Há quem também prefira a estética das gaiolas de madeira (há modelos lindos, de mais de R$ 500,00). Sua limpeza é mais complicada, pois há pequenas frestras entre as partes da gaiola, onde podem se instalar pequenos parasitas como os piolhos. Também a madeira tem uma porosidade natural, onde podem se instalar fungos e bactérias.

Gaiolas de Metal: São mais fáceis de limpar; suas partes podem ser colocadas em cândida ou banho de desinfetante de tempos em tempos, para completa higienzação. Há poucas frestras o que facilita o controle de eventuais insetos e parasitas. Elas são mais frias no inverno, e são diferentes daquilo que o coleiro encontraria normalmente na natureza. Para a criação, sugere-se mesmo os gaiolões de metal. Pois são mais fáceis de limpar (e a higiene é fundamental para o sucesso em tirar filhotes).

Sobre a Alimentação:

Como a maioria dos pássaros, o coleiro deve ter o Alpiste como base de sua alimentação. Deve-se também oferecer outras sementes ao passarinho; mas a base é o alpiste. Uma sugestão de mistura é de que haja 50% de Alpiste, 30% de Painço, 10% de Níger e 10% de Senha.

Pode-se oferecer também algumas frutas, legumes e verduras. Sugere-se a laranja, o mamão, o pepino, o milho verde, a chicória, o almeirão e a couve. As farinhadas industrializadas (de qualidade) também devem ser dadas aos nossos pequenos amigos.

Sugere-se complementar a alimentação do coleiro com larvas de tenébrio ou de "praga da granja", que é uma espécie menor de tenébrio. Vale lembrar que há coleiros que não aceitam alimento vivo. Mas estas larvas são fundamentais para quem quer fazer criação, pois a fêmea vai precisar muito deste alimento para tratar dos filhotes.

É sempre bom oferecer areia esterilizada ao coleiro. É um produto facilmente encontrado em lojas e sites especializados. A areia ajuda na digestão dos pássaros. Os pássaros não têm dentes, as sementes descem inteiras ao seu aparelho digestivo. Quando eles comem areia, ela entra no aparelho digestivo e fica sendo friccionada contra as sementes, ajudando a triturá-las. Por isso vemos constantemente os pássaros da rua "ciscando" no chão, pegando pequenos grãozinhos de areia. Recomenda-se, também, o chamado "osso de baleia", que é uma pedra para o coleiro cutucar com o bico e que vai atender às suas necessidades de cálcio.

Por último, é bom administrar complexos vitamínicos para serem usados na água, principalmente na época da muda de penas, em que o coleiro está debilitado. Uma sugestão é o Vitagold; 2 gotas no bebedouro de 50ml. Quando o coleiro não está na muda pode-se oferecer estes complexos na água somente uma vez por semana.

Sobre Onde Deixá-lo:

Os coleiros gostam de ser manuseados. Quanto mais vezes se mexer na gaiola, mais feliz ele vai ficar. Vale lembrar que, mesmo o coleiro gostando de ser movimentado, é necessário que os gestos do tratador sejam sempre delicados e tranqüilos. Nada de movimentos bruscos próximos à gaiola. Isso pode assustar qualquer ave.

O coleiro gosta de trocar de "prego", portanto, se o criador tiver condição, deve ter vários lugares na casa onde ele possa pendurar o seu coleiro. Quanto maior a diversidade de locais mais acostumado o coleiro vai ficar.

Também é possível notar que os pássaros adoram barulho de água corrente. Basta ligar uma torneira ou o chuveiro que o coleiro já se empolga a cantar. Mas cuidado: deixar o coleiro em lugares com muito barulho podem deixá-lo estressado. Tudo deve ser feito com equilíbrio.

Cuidados Gerais :

Há alguns cuidados gerais que devem ser atendidos para que o sucesso seja completo. São eles:

- Não utilizar jornal no fundo da gaiola, pois o jornal é um papel que possui elementos tóxicos. O coleiro não vai morrer por causa disto, mas queremos sempre o melhor para os nossos passarinhos.

- Trocar a água todos os dias. Mesmo quando ela parece estar limpa, é necessário trocá-la, pois evitamos assim de que nosso coleirinho pegue uma doença por algum fungo ou bactéria por bebedouros sujos ou mal lavados.

- Trocar as sementes constantemente, de maneira que elas não fiquem muito tempo no comedouro. Elas podem juntar fungos e ácaros. A melhor alternativa é colocar porções pequenas de maneira a trocá-las todos os dias. Quem tem poucas aves pode trocar as sementes diariamente. Quem tem muitas aves vai encontrar mais dificuldades em fazer a troca diária.

- Nunca deixe alimentos perecíveis passar de um dia para o outro na gaiola. Estes alimentos estragam e podem ser prejudiciais ao coleiro. Sempre que for oferecer frutas e verduras, ofereça pela manhã e já retire ao fim do dia, pois estes alimentos se estragam com muita facilidade.

- Procure estar atento aos poleiros. É muito comum que os pássaros esfreguem bico e olhos nos poleiros, então, os poleiros devem estar sempre higienizados, de maneira que não prejudiquem a saúde da ave. Também é comum ver o coleiro levando alimentos para os poleiros (principalmente pedaços de folhas e frutas). Se estes estiverem sujos, há chances de o coleiro se contaminar com as próprias fezes.

- Coloque, de vez em quando, uma banheirinha com água, para o coleiro se banhar. Todo pássaro gosta de tomar banho. Mesmo no frio, eles precisam da água para o banho (e fique tranquilo, pois o pássaro sabe quando ele pode tomar banho e quando ele não pode). MAS ATENÇÃO: Só coloque a banheira depois que o coleiro for adulto, pois os filhotes são sensíveis e ainda não tem discernimento de saber os dias em que dá pra tomar banho e os dias em que está muito frio. Também não se esqueça de tirar a banheira depois que ele usá-la; pois há o risco de ele beber a água da banheira (que às vezes fica muito suja, até com as próprias fezes do animal).
A CRIAÇÃO DE COLEIRO






Cada fêmea choca 3/4 vezes por ano, podendo tirar até 8 filhotes por temporada. As coleiras podem ficar bem próximas umas das outras separadas por uma divisão de tábua ou plástico, mas não podem se ver, de forma alguma. Senão, matam os filhotes ou interrompem o processo do choco, se isto acontecer.

Utilizar um macho de excelente qualidade, de preferência um campeoníssimo, para 5 fêmeas. Nunca deixá-lo junto pois ele quase sempre prejudica o processo de reprodução, e mata os filhotes. O melhor, é colocá-lo para galar e imediatamente afastá-lo da fêmea. O filhote nasce aos treze dias depois de a fêmea deitar e sai do ninho também aos treze dias de idade e pode ser separado da mãe com 35 dias. Com 8 meses, ainda pardos, já poderão procriar. As anilhas serão colocadas do 7O ao 10o dia, com anilha 2,3 mm de diâmetro - bitola 1 a ser adquirida do Clube onde seja sócio. Pode-se trocar os ovos e os filhotes de mãe quando estão no ninho. Fundamental, porém, é que se tenha todo o cuidado com a higiene. Lembremos que os fungos, a coccidiose e as bactérias são os maiores inimigos da criação, e têm as suas ocorrências inversamente relacionadas com a higiene dispensada ao criadouro.

Armazenar os alimentos fora da umidade e não levar aves estranhas para o criadouro antes de se fazer a quarentena, são cuidados indispensáveis. Os tipos de torneio mais comuns são: 1) Fibra - os pássaros são dispostos em círculo, a 20 centímetros do outro; aquele que mais cantar no final da prova é o que ganha; 2) Canto livre - ganha aquele que mais cantar em 5 minutos, ele compete sozinho, não é analisada a qualidade do canto; 3) Canto Clássico - A ave é examinada sozinha durante 5 minutos; ganha aquela que tiver o canto mais perfeito dentro do padrão pré-escolhido. Tem sido realizados torneios de Coleiros por quase todo o Brasil; sem poder citar todos, destacamos aqueles que tivemos a oportunidade de presenciar ou de ser convidado: Porto Alegre-RS , Florianópolis-SC SAC, Paranaguá- PR , Jacareí -SP-CUBIVALE , Ribeirão Preto-SP, Campos-RJ , Cachoeiro do Itapemirim-ES, Belo Horizonte -MG, Brasília-DF, São Paulo-SP SERCA, Duque de Caxias-RJ. Como vimos, as regiões são as mais diversas, a paixão é nacional, sem fronteiras.

Por fim, como sempre dissemos, não podemos deixar de mencionar essa importante questão: como em todos os tipos de pássaros canoros, os produzidos domesticamente têm muito mais qualidade do que seus irmãos selvagens, isto porque poderemos cruzar os melhores com melhores. Esse é o grande fator de incremento e de estímulo da criação. Quem poderá duvidar disso, a seleção através da genética funciona, e funciona bem. É só testar. A confiança da classe é grande, a responsibilidade também, os aficionados são muitos, a demanda é enorme, as matrizes estão aí, capturar é proibido; daí criatórios em ação, o respeito da sociedade e hobby preservado.
A CRIAÇÃO DE COLEIRO







Continuando na linha de bem informar o leitor e na seqüência de dicas sobre a criação dos principais pássaros canoros brasileiros, não poderíamos deixar de mencionar a criação do Coleiro.

Sem dúvida, é o mais popular dos pássaros brasileiros, como disse o amigo Epaminondas Jr. em seu artigo no Jornal do CUBIVALE N. 11. Seu tamanho diminuto facilita o manejo. É a maior paixão de crianças que gostam de pássaros. Esse lindo passarinho cantador é quase sempre o primeiro tipo de pupilo dos passarinheiros. Foi o meu primeiro, quando tinha 6 a 7 anos, lá pela minha Manhuaçu. Havia centenas deles por perto de minha casa. Hoje bem mais escasso, mas ainda é, certamente, o que existe em maior número pelo Brasil afora. Conhece-se, pelo menos, quatro formas diferentes: o coleiro de gola e do peito branco, o Sporophila caerulescens caerulescens; o cabeça preta do peito amarelo, o Sporophila nigricollis nigricollis; o de gola e do peito amarelo, o Sporophila caerulescens hellmayri.

Há ainda citações sobre o Sporophila ardesiaca e o Sporophila melanops, como Coleiro mineiro e Coleiro de Goiás, respectivamente. Sobre o cabeça preta do peito branco não há uma clara definição sobre o nome científico É preciso mais clareza dos técnicos e dos livros existentes sobre a questão para se ter a certeza sobre o nome correto. É difícil, também, é conhecer as fêmeas de cada um deles, são idênticas. O mais comum é o de gola, coleira e de peito branco, o de dupla coleira - e é aquele que mais se cultiva, o espécie típica. Afirmam os mais entendidos que é o mais valente e cantador. Conhecido também como: Coleirinha, Coleirinho, Papa-Capim, Coleira - Coleiro Laranjeira e Papa-Arroz - é um pássaro de porte pequeno, 11 cm de comprimento, envergadura 17 cm, com 14 penas grandes em cada asa. De cor preta chamuscada na cabeça e costas; abdome branco ou amarelo; mosca branca nas asas; garganta preta em cima de uma gola branca para ter logo abaixo uma coleira de um preto bastante intenso. Os olhos enegrecidos são circundados com pequenas penas claras, formando um gatinho. Bico é delicado e possui tons amarelados, cor de laranja. Há um marcante dimorfismo sexual: a fêmea tem a cor diferente do macho. Ela é parda, castanho claro, a mesma cor dos machos jovens que vão gradativamente se tornando pretos, e já procriam pardos com a idade de 7/8 meses.

Distribui-se por grande parte do Brasil, especialmente o Centro-Sul e países limítrofes. Na natureza, costuma procriar entre os meses de novembro e março.

Preferem as beiradas de matas, pomares, pastos, brejos, capoeiras e praças das cidades. É um pássaro territorialista, isto é, quando está chocando demarca uma área geográfica em torno do ninho onde o casal não admite a presença de outras aves da espécie. Canta muito e assim delimita seu território. Quando não estão na época da reprodução, contudo, podem ser vistos em pequenos grupos junto com os filhotes. Estão sempre à procura de alimentos, tipo semente de capim verde. Para isso, agarram-se aos finos talos dos cachos para poderem se alimentar; são especialistas nisso. Embora o braquiária, seja um capim exótico, apreciam muito sua semente e ele tem ajudado muito como alimento. Nos meses de julho e agosto costumam se juntar em grandes bandos, especialmente nos anos de seca prolongada. Nessas ocasiões, o fogo costuma destruir os capinzais fazendo com que os nossos queridos pássaros desesperados e famintos procurem os locais onde possam encontrar comida, muitas vezes até no interior das cidades.

Seu canto é simples, melodioso e a frase musical tem, em geral, poucas notas; entre cinco ou dez. Não repetem o canto, mas retomam muito rápido em alguns casos um a dois segundos de espaço entre um canto e outro. Existe uma infinidade de dialetos; na verdade, cada ecossistema possui um próprio. Todavia, há alguns que são mais apreciados e cultivados pelos criadores. São eles: o tuí-tuí-zero-zero ou tuí-tuí-zel-zel (o mais comum), exemplo desse canto está na fita do Cabrito; já nos cantos mais sofisticados, considerados clássicos, o Coleiro emite a terceira nota, assim: tuí-tuí-grom-grom -grom-ze-ze-zel-zel-zell ou tuí-tuí-tcho-tcho-tcho-tchá-tchá-tchaá e outras variações, para frases bem parecidas. A diferença está apenas no entendimento e na interpretação de segmentos de criadores nas nomenclaturas onomatopéicas das notas. Exemplo desse tipo de canto são as gravações dos Coleiros Mirante e Capricho. Em ambientes domésticos a característica principal do Coleiro é gostar de passear e de ser submetido a muita lida, isto é, quanto mais manuseado (mexido) mais canta. E seu desempenho nos torneios de canto e fibra está em relação direta com a dedicação que seu dono lhe dispensa. Depende muito disso. É, todavia, de fácil entrosamento e fica muito manso com um pouco de carinho. Em suma, o Coleiro é uma ave muito apreciada por todos os segmentos de passarinheiros e para vários objetivos, especialmente os torneios de canto.

Agora, pela Portaria 057 do IBAMA, só podem ser transacionados, sair de casa e participar de torneios aqueles que forem criados em ambientes domésticos e que tiverem anilha fechada, como prova disso.. Está aí, também, a Portaria 118, que é a de criadouro comercial, a pessoa física ou jurídica que quiser montar um é só falar com o IBAMA, em sua respectiva Superintendência Estadual. Dessa forma, compete-nos então, reproduzi-los em larga escala para poder preservá-los e suprir a grande demanda que está aí. Quem quiser e puder praticar a sua procriação, terá, com certeza, sucesso garantido. O Coleiro reproduz-se com mais facilidade que o bicudo e o curió e com uma produtividade excelente. É uma ave longeva, vive por volta de trinta anos, dependendo de sua saúde e do trato que se lhe dispensa.

A alimentação básica deve ser de grãos, notadamente o alpiste 50%, painço amarelo 30%, senha 10%, niger 10%, acrescentar periodicamente o painço português legítimo. É salutar que de disponibilize, também, ração de codorna misturada a 50% com milharina adicionando Mold-Zap® à base de 1 gr. por quilo. Dois dias por semana administrar polivitamínico tipo Orosol®, Rovisol® ou Protovit®, este à base de 2 gotas para 50ml d'água. Já sua alimentação especial para a fase de reprodução deverá ser a seguinte. Quando houver filhotes no ninho, em uma vasilha separada, colocar 3 vezes ao dia, farinhada assim preparada: 6 partes de milharina, 1 parte de farelo de soja torrado,/ 1 parte de germe de trigo, / premix F1 da Nutrivet® (4 colheres de sopa para 1 quilo), / sal 2 gr. por quilo, / Mold-Zap® 1 gr. por quilo, / Mycosorb® 2 gr. por quilo. Após tudo isso estar muito bem misturado, coloque na hora de servir uma gema de ovo cozido e uma colher cheia de "aminosol®" para uma colher bem cheia de farinhada. Dá-se larvas, utilizando a chamada "praga da granja"; (tipo de Tenébrio molitor, em miniatura, muito comum em granjas de avicultura industrial), é a melhor e tem mais digestibilidade. Essa larva é diminuta e condizente com o tamanho do bico do Coleiro. Oferecer até o filhote sair do ninho.

É bom, também, colocar sempre à disposição das aves "farinha de ostra" batida com areia esterilizada e sal mineral (tipo aminopan®). Outra questão importante diz respeito ao lugar adequado para que eles possam exercer a procriação. Esse local deve ser claro, arejado e sem correntes de vento. A temperatura ideal deve ficar na faixa de 25 a 35 graus Celsius e umidade relativa entre 40 e 60%.

O sol não precisa ser direto, mas se puder ser, melhor. A época para a reprodução no Centro Sul do Brasil é de novembro a maio, coincidente com o período chuvoso e com a choca na natureza. Deve-se utilizar gaiolas de puro arame, com medida de 60cm comprimento X 30cm largura X35 cm altura, com quatro portas na frente, comedouros pelo lado de fora para dentro da gaiola. A tala, a medida entre um arame e outro não pode ser maior do que 13mm. No fundo, ou bandeja da gaiola, colocar papel, tipo jornal, para ser retirado todos os dias logo que a fêmea tomar banho. Logo depois se deve retirar a banheira para colocá-la no outro dia bem cedo.

O ninho, tipo taça, tem as seguintes dimensões: 6cm de diâmetro X 4 cm de profundidade, e será colocado pelo lado de dentro da gaiola. Pode ser feito de bucha ( Luffa cylindrica) por cima de uma armação de arame. Para estimular a fêmea prender raiz de capim ou fiapos de casca de coco, assim ela cobrirá o ninho com estes materiais. O número de ovos de cada postura é quase sempre 2.

DO NORTE AO SUL, TERRITÓRIO DOS COLEIROS.A carinha pode ser séria, mas ele é um bom sujeito. Não tira o terno nem quando fica à vontade em sua casa, ao lado da companheira que, por sinal, é daquelas bem ciumentas.
VESTIMENTA SÓBRIANão se pode dizer que o forte do Coleirinha seja seu colorido. Sua plumagem é praticamente branca e preta com leves tons de cinza esverdeado no dorso, cauda e em algumas penas das asas. A carinha, fronte, nuca e abaixo da gola aparecem em preto, assim como os pés e a íris. O bico contrasta com a sobriedade de tons, destacando o amarelo esverdeado.As fêmeas, por sua vez, possuem uma coloração mais mortiça, num cinza azeitonado e com o ventre branco. Os filhotes, até atingirem a idade adulta, são muito parecidos com elas. Foi aqui que nasceu a expressão "coleiro virado": é o Coleirinha macho cuja plumagem está se modificando, adquirindo o colar preto. Para um filhote macho virar Coleiro definitivamente é preciso um ano de idade.O curioso desta espécie é que, apesar de bastante popular, ainda há dúvidas quanto à sua classificação. Além do caerulescens, também são considerados Coleiros o Sporophila c. hellmayr, com peito amarelo ao invés de branco e cinzento esverdeado nas partes superiores. Esta variedade é mais comum no Brasil Central.Outros passeriformes que não apresentam coleira estão enquadrados no grupo, como o Sporophila ardesiaca, cujo peito é branco e a cabeça e o pescoço cinzento-escuros, o que lhe confere o formato de uma carapuça. Ele é mais comum na região de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Outro que integra o bando é o Sporophila nigricolis, de um cinza-esverdeado nas costas e na carapuça e amarelo no peito, um filho legítimo do Brasil Central, Norte e Nordeste. Por fim, o Sporophila albogulars, de origem nordestina e com a garganta toda branca e pequeno espelho (manchas brancas) nas asas.
LINHA DURA COM OS COLEGASUm bom macho de Coleirinha é conhecido pelo canto, bastante agradável aos ouvidos humanos. Esse canto só não é bem-vindo por outro macho na época da reprodução. Nesta época eles deixam de andar em bandos e marcam seu território com a precisão de um bom latifundiário deixando ficar no pedaço apenas a patroa. Quando outro macho adentra seus domínios, o Coleirinha sai para enfrentá-lo e expulsá-lo. Algumas vezes acontecem brigas, mas não é comum que um dos pássaros saia machucado, pois eles se respeitam.A mesma regra vale para uma fêmea. Só que com uma diferença: se uma fêmea invade o território de um macho, a sua companheira é que se encarregará de expulsá-la. Será que esta cena não lembra um pouco o civilizado cotidiano dos humanos?Sendo um animal de índole pacífica, o Coleirinha adapta-se bem à vida em gaiolas e viveiros. Não fica agitado voando de um lado para outro, não se bate contra as grades e nem se machuca. Ele se limita a cantar, como o Curió e o Azulão, o que faz dele uma isca perfeita para os passarinheiros - caçadores inescrupulosos que o utilizam para atrair outros pássaros e vender no mercado negro.
CARACTERÍSTICAS E CUIDADOSMédia de vida: de 10 a 12 anos, em boas condições. Gaiola: as ideais são o número 3, com 70x40x30cm e onde se acomoda um casal. Como esta espécie costuma fazer seu ninho em arbustos e árvores baixas, aconselha-se usar viveiros arborizados ou colocar areia nas gaiolas comuns e, se possível, algumas folhagens artificiais. O ninho em forma de taça pode ser substituído por um ninho para canário, à venda nas lojas especializadas. Alimentação: sendo um passeriforme granívoro, ou seja, um comedor de sementes, o Coleirinha deve receber alpiste e painço. Na época da reprodução, é bom acrescentar um ovo cozido à sua dieta, além de larvas de Tenébrio. Reprodução: Apesar de ser uma espécie popular, não se conhecem casos de criadores que obtiveram sucesso na reprodução em cativeiro. As fêmeas põem de 2 a 3 ovos, que são chocados durante 13 dias. Após esse período, os filhotes nascem e permanecem no ninho por mais 13 dias.Com 30 a 35 dias, já estão aptos para comer sozinhos

está em construção

oi pessoal, ainda estou construindo o blog. dentro de 3 semanas ele estará com algumas informaçoes de passaros,fotos etc.
(desculpem o transtorno)
obrigado.